A busca de uma corrida que seja eficiente é a maneira mais adequada de ser econômico do ponto de vista metabólico e a eficiência biomecânica, existem inúmeros artigos que não concluem com clareza sobre como tornar uma corrida mais eficiente.
A corrida é um esporte muito democrático isso se torna claro quando assistimos corridas de rua. Há diferenças de corredores de elite que parece não fazerem força e flutuam sobre a pista, e corredores amadores com objetivo de terminar a prova ou de melhorar alguns segundos do seu tempo.
Nesse artigo de 2017 mostra um estudo que correlacionou 24 variáveis diferentes relacionados ao movimento de várias áreas do corpo. Após avaliar essas variáveis através de testes de esteira utilizando captura de movimento 3D identificaram alguns padrões entre os corredores que conseguiam correr confortavelmente entre 12 a 15 km/h .
Artigo: RUNNING TECHNIQUE IS AN IMPORTANT COMPONENT OF RUNNING ECONOMY AND PERFORMANCE
Para a economia da corrida que é peça chave para um corrida eficiente 3 variáveis se destacaram para saber que fatores realmente importam:
Oscilação vertical ( medida pelo movimento da pelve em relação ao solo) quanto menor esse movimento melhor.
Oscilação vertical
A posição do joelho quando atinge o solo (quanto mais flexionado melhor).
Flexão do joelho
Menor desaceleração da pelve quando o pé atinge o solo.
Desaceleração
Essas 3 diferenças na variáveis predominam na questão de economia de energia durante a corrida, sendo 40 % da amostra desse estudo.
Para o desempenho da corrida outras variáveis se destacaram que foram: O angulo da tíbia quando o pé atinge o solo quanto mais vertical melhor, quanto tempo o pé permanece no solo quanto menor o tempo de contato mais eficiente e a inclinação para frente do tronco quanto mais vertical melhor.
Outras questões que não entraram nesse estudo foram com que parte do pé o corredor toca o solo primeiro, ou a cadência desses corredores. Essas 2 variáveis são consideradas extremamente importantes no treinamento de corrida, mais nesse estudo não foram preditores de eficiência na execução e desempenho.
As principais recomendações que os autores estudo concluem em relação a corredores e treinadores para as variáveis relacionadas ao gesto da corrida com menor tempo de contato com o solo e menor comprimento da passada.
Esse fato evidencia a tendência atual com relação há outros artigos que recomendam o aumento da cadência, consequentemente terá um ganho de eficiência tornando a corrida mais econômica.
Na amostra desse artigo ficou evidente a relação da habilidade da execução da biomecânica da corrida, permitindo observar padrões que têm escapado a estudos anteriores que normalmente focam em poucas variáveis que são mais difíceis de identificar.
Fica claro que uma melhora da performance passa por um aprofundamento maior do que somente as variáveis mecânicas desse artigo.
As diferenças que separam corredores de 10km de 30 e 50 minutos vão muito além de apenas ângulos e detalhes.
A combinação de fatores como treinamento profissional combinado com fatores genéticos se torna o fator mais importante.Mas uma boa correção do gestual e padrões da corrida, associado a um treinamento funcional específico se torna peça chave para se obter uma corrida eficiente livre de lesões.