Gerenciamento de Lesão: O que você precisa saber

Esse editorial de 2019 escrito por uma das maiores referências em reabilitação de corredores e lesão do atleta, Blaise Dubois e Esculier, apresenta uma maneira interessante de abordagem para o gerenciamento de lesão nos tecidos moles, lesões musculares entre outras.

As siglas utilizadas amplamente para lesões agudas como ICE. Traduzindo para o português, I= ICE=gelo, C= compression= compressão, E= Elevated = Elevação, que são as principais orientações para lesões agudas.

Essa sigla evolui para PRICE (Proteção, Repouso, Gelo, Compressão e Elevação). E, posteriormente, para POLICE.

Essa mudança substitui a letra R, que em inglês significa rest= repouso, por OL= Optimal loading= Carga ótima, ou seja, realizar o gerenciamento de lesão com movimento e carga adequada para estimular a cicatrização e a recuperação da lesão.

Depois dessa breve explicação principalmente pela confusão entre essas siglas pela sua tradução para o português, vamos adicionar mais siglas para esse gerenciamento de lesão.

Mas agora nas lesões subagudas e crônicas que são parte importante da continuidade da reabilitação das lesões principalmente as esportivas.

As siglas que serão traduzidas serão PEACE / LOVE:

  • P         Proteção                                                                            
  • E         Elevação                                                                
  • A             Evitar A. Inflamatórios (Avoid AIN)                                                                  
  • C          Compressão                                                                   
  • E           Educação
  • L Carga (load)
  • O   Otimismo (optimism)
  • V Vascularização (vascularization)
  • E Exercicio (exercise)

Proteção

Restrição de movimento de 1 a 3 dias de acordo com a gravidade e tipo de lesão, mas para não comprometer a qualidade da cicatrização e força reduzir essa fase para poucos dias.

Elevação

Apesar da fraca evidencia de elevar o membro acima mostra uma melhora no fluxo dos fluidos acumulados no interstício causados pela lesão.

Evitar Anti inflamatórios

Essa recomendação visa não inbir a inflamação que fazem parte importante do processo de reparação tecidual, sendo assim inibir essa fases pode comprometer a cicatrização.

Compressão

A pressão mecânica por bandagens ou taping na fase aguda quando há edema intra-articular auxilia reduzir edema e melhora a qualidade da recuperação.

Educação

A educação é uma ferramenta usada amplamente pela fisioterapia contemporânea, principalmente para estimular o atleta e paciente a movimentar-se e evitar o repouso excessivo. Principalmente pelo medo de uma nova lesão. Porém, também é necessário orientar o atleta da realidade do tempo de recuperação, sendo que não pode haver milagre. Se uma competição está próxima, acelerar esse processo de forma colocar em risco o atleta não parece uma opção viável.

As sigla representadas pelo LOVE serão os próximos passos na reabilitação de uma lesão músculo esquelética.

L= Carga

A carga é um item de extrema importância dentro da reabilitação, principalmente por estimular através do movimento a mecanostransdução – que consiste em transformar um sinal mecânico com um exercícios, para um sinal químico que influenciará na melhora da tolerância à dor e estimulo da cicatrização do tecido lesionado.

O- Otimismo

A motivação do atleta pode influenciar diretamente a sua recuperação.

Esse item está ligado diretamente à educação, mais especificamente à educação em dor, por conta do paciente não criar um cenário de medo e evitar de realizar os movimento. As palavras que o fisioterapeuta pronuncia para esse paciente podem influenciar tanto positivamente com negativamente o quadro do paciente.

Vascularização

O trabalho de exercícios aeróbicos precoce é essencial para uma rápida recuperação das lesões musculoesqueléticas. Além de provocar bem-estar, o atleta se beneficia da vascularização locar e sistêmica que melhora a qualidade da recuperação.

Exercícios

Exercícios são fundamentais para a recuperação das lesões musculoesqueléticas. Uma grande parte dos pacientes e terapeutas concentram sua energia em técnicas passivas, como acupuntura, taping, terapia manual, sendo que, iniciar os exercícios mais precocemente possível, auxilia em ganhos de mobilidade, recuperação de força na lesão do atleta.

Além disso, a literatura aborda que o movimento e exercícios têm um potencial muito interessante a respeito da modulação da dor.

Esse editorial mostra que os profissionais do movimento precisam ter em mente que a recuperação de uma lesão de tecidos moles passa por várias etapas e que a responsabilidade compartilhada entre o profissional e paciente estão bem divididas.

A educação e colocar o paciente e atleta em movimento e tratamentos mais ativos demonstram ser a melhor alternativa.

Referência: Dubois B, Esculier J-F. Br J Sports Med Month 2019 Vol 0 No 0

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